domingo, 17 de janeiro de 2010

Solidariedade com Aminetu Haidar



Aminetu Haidar, destacada activista dos Direitos Humanos, foi impedida de voltar à sua terra por ter assinado um documento onde colocava a sua condição de Saharaui. Foi detida pelas autoridades Marroquinas, sujeita a interrogatório e isolamento, para ser obrigada a embarcar num avião que a havia de levar a Lanzarote.

Desde o dia 15 de Novembro que Aminetu Haidar está em greve de fome.

Devemos realçar a luta desta mulher e tudo o que ela simboliza. A sua tenacidade é a prova que ficará viva nas nossas memórias. Assim como a forma profunda como encara a luta pela autodeterminação e liberdade do seu povo e da sua pátria ocupada por Marrocos.

Aminetu Haidar passa os seus dias de sofrimento num cubículo sem janelas junto ao aeroporto de Arrecife, em Lanzarote.

Aminetu tem dois filhos que apelam ao mundo que apoiem a sua mãe e não a deixem morrer.

Num momento em que se celebrou mais um aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, temos perante nós esta injustiça gritante e, por isso, também nós, tal como os filhos de Aminetu Haidar, temos que apelar para que não a deixem morrer.

O único direito que Aminetu reclama para pôr termo à greve de fome, é poder voltar à sua Pátria como saharaui, sem aceitar a nacionalidade marroquina, direito este reconhecido pelas Nações Unidas.

O CPPC (Conselho Português para a Paz e Cooperação) fez saber, em comunicado, que “exige que o reino de Marrocos cumpra as suas obrigações de acordo com o direito internacional, devolvendo de imediato os documentos a Aminetu Haidar e que respeite o seu direito de retorno à Pátria, em segurança e sem condições prévias”.

No passado dia 11 de Dezembro, foi entregue nas embaixadas de Espanha e de Marrocos, em Lisboa, um apelo de personalidades das mais variadas sensibilidades políticas e de todos os grupos parlamentares, onde se pode ler: “profundamente preocupados com esta situação, juntamo-nos ao apelo da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos aos Reinos de Espanha e Marrocos para que sejam criadas, com a máxima urgência, condições para que Aminetu Haidar, regresse à sua terra”.

A Assembleia Municipal de Almada, reunida em sessão ordinária no dia 17 de Dezembro de 2009, delibera

Juntar a sua voz a todos os que apoiam e se solidarizam com AMINETU HAIDAR.

O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda
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Esta moção foi aprovada por maioria, com os votos favoráveis da CDU, PS e PSD (além do BE, como é óbvio) e a abstenção do CDS/PP.

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